quinta-feira, 25 de julho de 2019

O vento que bate sobre as nuvens do inferno

Me flagro fluida no reflexo terno, em tua face,
Em teus olhos, nossas nuvens ao vento
Do inverno,
E alterno, na tez, a tração muscular,
A atração borbulhante
Do teu olhar.

Se me assopras, me ofegas, como nuvens no inferno,
E me dobras ao calor do que o inverno fosse,
Pois suspiras uma brisa ligeira
Espalhando ao redor minha cripta fogueira,
Sípido e doce.

Nunca tão envolvente,
Nunca o inverno
Ressoou tão quente.