As ondas pouco balançam
Nessa maré de omissão,
Não caia, esfrie ou morra,
Ó doce capitão.
Esse é um poema tão
[sangrento que
Não cabe em pouca veia,
Não cabe em pouca droga,
Não cabe em pouca bebida,
Entristece a batida
Da minha canção.
Por favor, não diz que não
Ou eu me despedaço.
Se a dor não cabe em teu
[coração,
Será que cabe no meu abraço?
Parece-te à parte da vida
Trancado nesse convés,
Só,
Sem Sol,
Sem vida,
Caído,
Frio,
Morto,
Meio sorriso torto
Em tua expressão.
Abre os olhos e vê
Que o farol se acende em
[máxima voltagem
Nessa triste viagem
Que é viver.
Se o ânimo é desfeito,
Me aperta ao teu peito
Até afastar a cruel tempestade,
Mas nunca deixe pela metade
A ocasião de aparecer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário