A lua não dorme.
Em seu brilho, resíduo
De astro maior resido
No oculto feixe,
No esperar perdido,
No esperar que a luz não me deixe
Também.
À lua, não dorme
A esperança heroica
E estou sempre conforme as macias
E lindas
Idas e vindas
Das nossas infindas tapeçarias.
É toda noite
A luz selene projetando
A cara solidão,
À cara,
O açoite a cada mão que desfaz os nós
Para não desfazer, Ulisses, nós.
Porque que a lua não dorme?
ResponderExcluirDorme a alguns, a outros não,
Depende à atenção e conforme
Sente-se o brilho uniforme
Junto ao nosso coração
Comovido de emoção
Com a luz argenta disforme
Da forma da pura luz
Do sol que ao dia faz jus,
E à noite a prata incendeia
A alma que ela seduz
E a veste venda e capuz
Dormindo com a gente e alheia.
Grande abraço. Laerte.