sábado, 22 de agosto de 2015

Gris

Para ser sincera,
Sinto um vazio
Como se depois do primeiro
[dia de chuva da primavera
Encarasse numa poça d'água
O reflexo de um ipê sem flores
[amarelas.
Ou o meu reflexo
Carregando um ramalhete sem
[cor
Ou minha reflexão me
[encarasse magoando
Feito mau agouro de mim
[mesma
A mando desse estúpido
[coração amando.

Sinto tua falta
Em todas as cores que não
[distínguo,
E quanto mais cresce em mim
[essa quimera,
Mais mínguo
Te procurando nas flores da
[primavera.

Ensepiecendo na tua ausência,
Sou insípida insuficiência
E vejo gris
O amarelo que não tem cor
Sem teu sorriso.

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